Na tarde desta quarta-feira, 18, a Aceng de Goioerê, foi palco do aguardado Encontro de Mulheres Cooperativistas, promovido pela Coamo. O evento reuniu centenas de mulheres associadas e esposas de associados. O tema central, “Semeando Histórias”, convidou as participantes a uma profunda reflexão sobre protagonismo feminino.

A palestra principal foi um dos momentos mais marcantes. Ana Maria Canton, neurocientista, especialista em comportamento humano e inteligência emocional mexeu com as mulheres presentes. Com uma abordagem dinâmica, desafiou as presentes e incentivou as mulheres a reconsiderar suas percepções e a assumir o protagonismo.

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A Influência Feminina no Campo

O encontro começou com um importante reconhecimento. A Coamo destacou o papel fundamental das mulheres no setor. Por exemplo, a história de Dona Carmela , viúva e mãe de três filhos, ela buscou apoio técnico da cooperativa e aprimorou técnicas de cultivo. Sua pequena lavoura sustentou a família e além disso, ela se tornou um exemplo de resiliência e confiança na força da união cooperativa .

Outro caso inspirador foi o de Mariana. Uma jovem agrônoma e cooperada da Coamo que, após os estudos, retornou à propriedade familiar. Lá, enfrentou um ambiente predominantemente masculino. Entretanto, sua paixão pela inovação a impulsionou. Implementou técnicas de agricultura de precisão e dobrou a produtividade da fazenda. Hoje, Mariana é uma voz inspiradora. Ela “compartilha sua experiência em encontros e programas da Coamo, como ‘Mulheres que Semeiam’.” Assim, ela “mostra a jovens da região um caminho para o sucesso no campo com o apoio da cooperativa”.

A história de Dona Lúcia também foi celebrada. Ela é uma artesã, que, com o suporte da Coamo, participou de workshops e treinamentos sobre gestão e estratégias de mercado. A cooperativa, por sua vez, ajudou na divulgação e comercialização. Conectou o talento dessas mulheres a novos mercados. “Dona Lúcia semeou união. A cooperativa ajudou a colher dignidade e oportunidades”

A Mente Humana: Emoções e Padrões Comportamentais

Ana Maria Canton utilizou a neurociência para explicar o funcionamento da mente. Primeiramente, ela destacou que “a nossa mente mente“. Em segundo lugar, enfatizou que “todo comportamento tem origem emocional” Segundo a palestrante, nascemos com quatro emoções básicas: alegria, medo, raiva e tristeza. Ela explicou que, por uma configuração natural, temos uma “tendência a focar mais no negativo do que no positivo”.

Canton também ilustrou como essa característica nos leva a repetir padrões. Muitos deles são aprendidos na infância, muitas vezes inconscientemente. Mães presentes, com filhos em diferentes faixas etárias, foram convidadas a refletir. As experiências e informações que recebemos, impactam profundamente em nossas vidas. Elas “criam um impacto emocional da sua mente, que, de forma repetitiva, se torna um comportamento” . A palestrante exemplificou com uma metáfora. Se não cultivarmos nossa “horta mental”, os “pensamentos negativos” surgem facilmente.

Cultivando Sonhos e a Postura da Mulher-Maravilha

A neurocientista propôs, portanto, uma mudança de perspectiva. Ela apresentou a “postura da Mulher-Maravilha”. Ao colocar as mãos na cintura e posicionar o corpo de forma confiante, enviamos uma mensagem positiva à mente. Esta postura ajuda a combater pensamentos negativos e a autossabotagem. Ela ainda incentivou as mulheres a praticarem o autoelogio. Normalizar os elogios, aliás, é essencial. Isso vale tanto para si mesmas quanto para os outros.

Mas como nem todas estão acostumadas a ouvir elogios, Ana Maria citou sua própria trajetória. Ela cresceu em um lar onde os sonhos não eram valorizados. Contudo, ela decidiu transformar seus próprios sonhos em realidade. Ela ressaltou a importância de não adiar as conquistas. Para ela, usar a melhor louça todos os dias é um ato simbólico. “Talvez o depois pode nem acontecer”, ela advertiu .

Um Convite ao Protagonismo

O evento culminou com um forte chamado ao protagonismo. Ana Maria Canton reiterou: “Quando nós assumimos o papel de protagonistas da nossa história, nós podemos sim ser mães, esposas, empresárias, empreendedoras, produtoras, mulheres de negócios, melhores seres humanos, melhores amigas, melhores em tudo. Mas nós temos que acreditar nisso” .

Em suma, o Encontro de Mulheres Cooperativistas da Coamo foi uma experiência transformadora. O evento reafirmou a importância da mulher no agronegócio e na sociedade. As participantes foram encorajadas a reconhecer sua força. Além disso, a abraçar seus sonhos e a serem as protagonistas de suas próprias narrativas de sucesso. A mensagem final é clara: a mente pode mentir. Contudo, a capacidade de ser feliz e realizar sonhos não tem idade. Basta acreditar e agir.

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Coamo: Desenvolvimento Humano e Social

Ao final do evento, José Ricardo Pedron, assessor de cooperativismo da Coamo, reforçou o papel da cooperativa. Sua atuação vai além do aspecto econômico. A Coamo, de fato, é um pilar de desenvolvimento técnico, profissional, social e educacional. Ela beneficia cooperados e suas famílias. Pedron destacou que os 32.523 cooperados representam 32.523 famílias impactadas.

Um dos exemplos citados, foi o programa “Mulheres que Semeiam”. Da mesma forma, o programa “Tecnologia no Campo” investe no desenvolvimento das mulheres. Estes programas oferecem cursos, capacitação e um espaço seguro para o crescimento mútuo.