Hoje, 1º de dezembro, marcamos o início do Dezembro Laranja, uma campanha dedicada à conscientização e prevenção do câncer de pele. Para inaugurar este mês tão importante, o programa Almanaque, da 104 FM e o 104.news, convidaram a Dra. Larissa Garcia, médica dermatologista, para trazer informações cruciais sobre a doença mais comum no Brasil.

Você sabia que o câncer de pele supera em incidência até mesmo o câncer de mama e o de próstata? De fato, é uma realidade alarmante que exige nossa total atenção e proatividade.

Os Vilões Invisíveis: Entenda os Tipos de Câncer de Pele

A Dra. Larissa, explicou que existem três tipos principais de câncer de pele, cada um com suas particularidades:

1. Carcinoma Basocelular: É o tipo mais frequente e, felizmente, o menos agressivo. Normalmente, apresenta-se como um “carocinho” ou nódulo na pele, que pode ser da cor da pele, transparente ou até levemente enegrecido. Conforme a médica comenta, “ele é o câncer mais comum no Brasil hoje”, e, por conseguinte, muitas pessoas conhecem alguém que já retirou uma lesão desse tipo. Ainda que o risco de metástase seja baixo, precisa ser removido para evitar crescimento e deformidades estéticas.
2. Carcinoma Espinocelular: O Carcinoma Espinocelular, por sua vez, é mais agressivo que o basocelular, possuindo, assim, um risco maior de se espalhar se não for tratado precocemente. Frequentemente, ele surge a partir de lesões pré-malignas que se desenvolveram ao longo do tempo.

1. Melanoma: O Melanoma, em contrapartida, é o menos comum, mas o mais perigoso dos três. A esse respeito, a Dra. Larissa o classifica como o “grande vilão” da dermatologia. Isso ocorre porque o grande perigo do melanoma é sua capacidade de se metastizar rapidamente para outros órgãos, tornando-o, potencialmente fatal.

O Melanoma: Um Perigo Disfarçado

A Dra. Larissa Garcia, a propósito, compartilhou casos que ilustram a sutileza e a agressividade do melanoma. Ela, por exemplo, relatou que recentemente recebeu uma paciente com uma mancha no nariz que já tinha dois anos. Não incomodava, não coçava e nem ardia, mas o filho fez questão de levá-la para uma consulta. Diagnóstico: Infelizmente, a biópsia confirmou um melanoma em estágio inicial. Nesse sentido, a médica alerta: “o melanoma na pele mesmo em estágio inicial é perigoso. É o se não tratar, essa lesão vai a progredir. Vai aumentar tanto para fora, quanto para dentro do organismo. Vai começar a se espalhar, e ela pode atacar todos os outros órgãos.”

Ela destaca que é preciso dar importância às pintinhas. Portanto, é fundamental não subestimar essas alterações.

Seja Seu Próprio Fiscal: Como Identificar Lesões Suspeitas

Assim sendo, a chave para o diagnóstico precoce é a auto-observação regular e a atenção às mudanças no seu corpo. Para isso, fique atento à “Regra do ABCDE”, que ajuda a identificar características suspeitas em pintas ou lesões na pele:

• A – Assimetria: Em primeiro lugar, observe a Assimetria: uma metade da lesão não é igual à outra.
• B – Bordas Irregulares: Em seguida, confira as Bordas Irregulares: as bordas da pinta são indefinidas, dentadas ou com elevações. Conforme a Dra. Larissa descreve, “as bordas das lesões está ficando diferente. Ficando de uma maneira irregular.”
• C – Cor Variável: Adicionalmente, verifique a Cor Variável: a lesão apresenta diferentes tons de cor (preto, marrom, azul, vermelho, branco) em uma mesma área, por exemplo, “ficando às vezes mais escuro, mais clara”.
• D – Diâmetro: Atente-se também ao Diâmetro: se o tamanho da lesão aumenta, geralmente acima de 6 milímetros (equivalente a uma borracha de lápis).
• E – Evolução: Por fim, a Evolução é crucial: qualquer mudança na pinta – como aumento de tamanho, coceira, dor, sangramento, alteração de cor ou textura.

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Lesões Pré-Malignas: Um Sinal de Alerta

Outro ponto importante é que ainda existem as lesões pré-malignas, que são aquelas “pintinhas vermelhas na pele. Descamam, algumas vezes coçam, às vezes ardem. São lesões principalmente nos braços no rosto. Na orelha e no colo também. Região onde recebeu muito o sol.” Conquanto não sejam melanoma, elas podem evoluir para carcinomas espinocelulares se não forem tratadas.

Quem Está em Risco? Analisando os Fatores Principais

Vamos analisar os fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer de pele:

Fototipo e Etnia: Pele Clara e Pele Negra

Primeiramente, pessoas de pele clara e olhos claros têm uma maior predisposição, visto que sua pele oferece menos proteção natural contra a radiação solar. Contudo, contrário ao senso comum, pessoas de pele negra também podem desenvolver melanoma, especialmente em áreas menos expostas ao sol, como a planta dos pés e sob as unhas.

Idade e o Diagnóstico Precoce

No que diz respeito à idade, embora o câncer de pele fosse, historicamente, associado a idosos, a Dra. Larissa alerta: “A gente diagnostica cada vez mais cedo.” Para ilustrar, o melanoma é mais preocupante em pacientes entre 40 e 50 anos, tornando essencial a vigilância em todas as faixas etárias.

Exposição Solar Crônica e o Acúmulo de Danos

Ademais, pessoas que trabalharam por anos expostas ao sol, como agricultores, têm maior risco de desenvolver lesões pré-malignas e cânceres de pele não-melanoma. Isso se deve ao acúmulo de danos causados pela radiação ultravioleta ao longo do tempo.

Histórico Familiar e a Predisposição Genética

Consequentemente, a predisposição genética é um fator importante. Desse modo, se há casos de câncer de pele ou outros tipos na família, a atenção deve ser redobrada, e o acompanhamento dermatológico, mais frequente.

Calvície: Uma Área Especialmente Vulnerável

Finalmente, a cabeça exposta, especialmente em pessoas calvas, é uma área vulnerável e frequentemente esquecida na proteção solar. Portanto, “Tem que proteger a careca, usar protetor solar, usar chapéu.” para minimizar os riscos.

A Indispensável Ajuda do Especialista

Acima de tudo, a Dra. Larissa foi enfática em um ponto crucial: NÃO TENTE TRATAR LESÕES SUSPEITAS POR CONTA PRÓPRIA OU COM PROFISSIONAIS NÃO MÉDICOS!

Isso porque queimar uma pinta ou retirá-la de forma inadequada pode ser extremamente perigoso. Nesses casos, “Você mexe na matriz inicial, elas podem depois a se multiplicar e se multiplicar diferente, podendo surgir uma lesão diferente e pior.”

Dessa forma, a única forma segura de diagnosticar e tratar uma lesão suspeita é através de um médico dermatologista. Com efeito, ele utilizará ferramentas como a dermatoscopia para analisar a lesão e, se necessário, realizará uma biópsia para um diagnóstico preciso.

Prevenção: Um Cuidado para o Ano Inteiro

Em suma, a mensagem do Dezembro Laranja é clara: a prevenção é a melhor arma. Mais ainda, ela deve ser praticada durante todo o ano, não apenas no verão!

• Protetor Solar: Primeiramente, o Protetor Solar é indispensável: use-o diariamente, em todas as áreas expostas, mesmo em dias nublados e dentro de casa.
• Evite o Sol nos Horários de Pico: Além disso, evite o sol nos horários de pico, mantendo-se à sombra entre 10h e 16h, período em que a radiação UV é mais intensa.
• Roupas e Acessórios: Também é crucial o uso de Roupas e Acessórios de proteção: invista em roupas com proteção UV, chapéus de aba larga e óculos de sol.
• Autoexame: Não se esqueça do Autoexame: examine sua pele regularmente em busca de novas pintas ou alterações em pintas existentes.
• Visitas Regulares ao Dermatologista: Por fim, realize Visitas Regulares ao Dermatologista, especialmente se você faz parte de um grupo de risco ou tem muitas pintas.

Conforme pontuado, lembre-se: “o cuidado precisa ser em toda a época do ano.” Em síntese, cuidar da sua pele é cuidar da sua vida. Portanto, a informação é o primeiro passo para a prevenção!

O 104.news e a 104 FM reforçam seu compromisso em levar informações de saúde relevantes e de qualidade à comunidade. Em caso de dúvidas sobre qualquer lesão na pele, procure sempre um dermatologista. A Dra. Larissa Garcia atende na Garcia Medical Center, em Goioerê . Entre em contato pelo WhatsApp (44) 99978-3699 para agendar sua consulta!

Fotos: Site Sociedade Brasileira de Dermatologia

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