Gaeco investiga policiais por corrupção e extorsão via PIX
Operações Rota 466 e Via Pix apuram crimes cometidos por policiais rodoviários estaduais; mandados foram cumpridos em oito cidades do Paraná.

Na manhã desta terça-feira (7), os Núcleos de Guarapuava e Ponta Grossa do Gaeco deflagraram duas operações simultâneas. O objetivo era investigar possíveis crimes cometidos por policiais rodoviários estaduais. As ações, batizadas de Operação Rota 466 e Operação Via Pix, resultaram em mandados de prisão, busca e apreensão. Além disso, determinaram o afastamento de agentes de suas funções.
Operação Rota 466: segunda fase
Na Operação Rota 466, o Gaeco de Guarapuava cumpriu 11 mandados de busca e apreensão. A ação contou com apoio da Corregedoria da Polícia Militar. Também foram cumpridos três mandados de busca pessoal, um de prisão preventiva e bloqueio de bens. As diligências ocorreram em seis cidades diferentes.
A investigação revelou que policiais exigiam propina de motoristas autuados. Também solicitavam valores de trabalhadores envolvidos em salvamento de cargas. Um ex-comandante do posto de Guarapuava, já investigado na primeira fase, voltou à prisão. Desta vez, por novos crimes e tentativa de obstruir as investigações.

Operação Via Pix: esquema com transferências bancárias
Já na Operação Via Pix, o Gaeco de Ponta Grossa cumpriu 19 mandados de busca. As diligências atingiram oito municípios da região. Como resultado, sete policiais foram afastados e tiveram contas bloqueadas.
A investigação começou em março de 2025. Ela partiu de denúncias feitas por motoristas profissionais ao 4º Comando Regional da PM.
Esquema de corrupção
Segundo o Ministério Público, os policiais exigiam pagamentos durante fiscalizações. Eles liberavam veículos apenas após receber dinheiro ou transferências via PIX. Muitas vezes, usavam contas de terceiros como “laranjas”.
Até o momento, as investigações identificaram cerca de R$ 140 mil em transações suspeitas. O período analisado vai de dezembro de 2024 a agosto de 2025. Quase uma centena de motoristas já prestou depoimento.
As operações revelaram uma estrutura sofisticada de corrupção. O esquema envolvia agentes públicos, empresas e civis. Agora, o Ministério Público continua as investigações para responsabilizar os envolvidos. Também busca recuperar os valores desviados.
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