A Polícia Civil de Umuarama divulgou nesta quarta-feira, 10 de dezembro, os detalhes do assassinato de quatro homens em Icaraíma, ocorrido em agosto. As investigações revelam uma execução premeditada. As vítimas morreram instantaneamente em uma emboscada com vários atiradores, durante uma tentativa de cobrar uma dívida.
As vítimas são Diego Henrique Affonso, Rafael Juliano Marascalchi, Robishley Hirnani de Oliveira e Alencar Gonçalves de Souza Giron. Alencar contratou Diego para cobrar uma dívida dos irmãos Antônio e Paulo Buscariollo. O valor, no entanto, gerava controvérsia: Alencar falava em R$ 129 mil, mas os devedores emitiram notas promissórias de R$ 255 mil.
Áudios interceptados pela polícia mostram o clima de tensão. Alencar expressava medo de retaliação, mas os cobradores o tranquilizavam. No dia 4 de agosto, aconteceu uma primeira reunião em Vila Rica, distrito de Icaraíma, sem acordo. No dia seguinte, a situação tomou um rumo fatal.
No dia 5 de agosto, por volta das 12h04, as quatro vítimas saíram de Icaraíma. Elas seguiam para uma propriedade rural em Vila Rica, local do imóvel que serviria para quitar a dívida. Câmeras de segurança registraram esse deslocamento final.
Peritos concluíram que as vítimas chegaram ao local por volta das 12h30. Imediatamente, sofreram uma emboscada. Pelo menos cinco armas de fogo, incluindo um fuzil, dispararam de três posições diferentes contra a Fiat Toro branca onde estavam.
Os tiros atingiram a frente, a traseira e o lado esquerdo do veículo. Eles acertaram a cabeça e o tórax das vítimas, causando morte imediata. A polícia descarta sequestro, cativeiro ou tortura, com base nas necrópsias.
Os assassinos agiram rápido após a execução. Eles colocaram os corpos na própria picape das vítimas e os transportaram para um local de mata próximo. Lá, enterraram os corpos às pressas.
Em seguida, levaram a Fiat Toro para um esconderijo, conhecido como “bunker”, e também a enterraram. A polícia encontrou pedaços do carro dentro da cova, o que mostra a rapidez e a desorganização do ocultamento.
Denúncias anônimas recebidas pela polícia relatam uma intensa troca de tiros na propriedade na hora do crime. Esses relatos corroboram a reconstituição feita pelos peritos.
A polícia executou uma extensa operação desde agosto. As diligências incluíram buscas, apreensão de veículos suspeitos e perícias balísticas. Os investigadores só localizaram os corpos em 18 de setembro, usando tecnologias como drone e georradar.
Um ponto sensível da investigação envolve dois policiais civis de Icaraíma. A Corregedoria da Polícia Civil cumpriu mandados de busca contra eles, para apurar se houve colaboração com os investigados após o crime. As autoridades removeram os agentes da unidade, mas afirmam que não há indícios de seu envolvimento direto nos homicídios.
A autoria do crime e a motivação exata permanecem sob sigilo. A polícia não divulgou esses dados para não comprometer as investigações em andamento.
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