Santa Casa de Goioerê realiza capacitação sobre Classificação de Risco
Capacitação orienta profissionais da saúde sobre classificação de risco, triagem hospitalar e protocolos para otimizar atendimento na Santa Casa.

Na manhã de quarta-feira, 13 de novembro, a Santa Casa de Goioerê promoveu uma capacitação voltada aos profissionais de enfermagem do Pronto Socorro local e da Microrregião.
O treinamento abordou a Classificação de Risco no Atendimento de Urgência e foi ministrado pelo doutor Leonardo Sandri.
Além dos profissionais de Goioerê, participaram representantes das cidades de Quarto Centenário, Rancho Alegre D’Oeste, Janiópolis e Farol.
Os municípios participantes fazem parte do Consórcio da MIcrorregião e são atendidos na Santa Casa de Goioerê.
Segundo os organizadores, o objetivo da capacitação foi garantir que os profissionais de saúde compreendam plenamente o protocolo de classificação de risco.
Com isso, eles poderão agilizar o atendimento e priorizar os casos mais graves com maior precisão e segurança.
Entenda o que é a classificação de risco

Quem já passou por um atendimento hospitalar provavelmente vivenciou uma triagem inicial.
Esse processo tem como principal finalidade acolher o paciente e avaliar a gravidade do quadro clínico.
Por isso, a classificação de risco permite que os casos mais urgentes recebam atendimento prioritário, enquanto os demais aguardam conforme a complexidade.
Além de otimizar os recursos humanos e materiais disponíveis, essa triagem garante justiça no atendimento.
No entanto, para quem não atua na área da saúde, o protocolo pode parecer confuso — e, muitas vezes, gerar insatisfação.
Afinal, ninguém gosta de esperar, especialmente quando está com dor ou desconforto.
Por que o protocolo é necessário?
Imagine que você chega ao pronto-socorro com dor de garganta, tosse e febre leve.
Embora o quadro seja incômodo, ele não representa risco imediato à vida.
Logo após sua entrada, um motociclista acidentado chega com múltiplas fraturas e hemorragia.
Nesse contexto, ele precisa de cirurgia e suporte à vida com urgência.
Dessa forma, o protocolo de classificação de risco entra em ação.
Ele garante que o paciente em estado crítico receba atendimento imediato, enquanto os demais aguardam sem prejuízo à saúde.
Além disso, essa triagem racionaliza o uso dos recursos hospitalares e evita sobrecarga nas equipes.
Origem e aplicação do protocolo

A triagem por classificação de risco surgiu a partir de práticas militares, especialmente entre tropas norte-americanas no século XX.
No Brasil, tanto a rede pública quanto a privada seguem orientações do Ministério da Saúde para aplicar esse modelo.
O protocolo mais utilizado é o Protocolo de Manchester, criado nos anos 1990 no Reino Unido.
Também na Santa Casa de Goioerê o protocolo de Manchester é referência no Pronto Atendimento.
Esse método organiza os atendimentos por cores, cada uma representando um nível de urgência.
Assim como um semáforo, a escala orienta os profissionais sobre a prioridade de cada caso.
As cores do Protocolo de Manchester
No Brasil, o Protocolo de Manchester utiliza cinco cores para definir a urgência:
- Azul — sem urgência; o paciente pode esperar mais tempo.
- Verde — pouca urgência; quadro leve, mas com tempo de espera menor que o azul.
- Amarelo — urgência moderada; exige atendimento breve, sem risco imediato à vida.
- Laranja — caso grave; alto risco de óbito, requer medidas imediatas.
- Vermelho — emergência extrema; risco iminente de morte, atendimento imediato é vital.
O que a classificação de risco não faz
Vale destacar que esse protocolo não tem função diagnóstica.
Ele não serve para prever o sucesso do tratamento, mas sim para organizar a ordem de atendimento.
Dessa forma, os profissionais conseguem hierarquizar prioridades e otimizar os recursos disponíveis, garantindo mais eficiência e segurança no cuidado com os pacientes.
Fotos – Redes Sociais
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