Entre janeiro e outubro deste ano, o serviço aeromédico do Paraná realizou 3.201 atendimentos, o que representa uma média diária de 10,56 ocorrências. Em 2024, o total chegou a 3.932 atendimentos. Com 18 anos de atuação, o serviço conquistou reconhecimento nacional e opera com aeronaves financiadas integralmente pelo Governo do Estado.
Desde sua criação, em 2007, as equipes já prestaram 35.180 atendimentos. As ações incluem resgates de vítimas de acidentes, emergências clínicas como infarto e AVC, transporte de recém-nascidos em UTI e remoção aérea de órgãos para transplante.
O Sistema Estadual de Regulação de Urgência coordena as operações por meio de suas centrais. O modelo paranaense se destaca não apenas pela quantidade de aeronaves, mas também pela formação técnica das equipes. Além disso, é o único serviço do país totalmente coordenado e executado exclusivamente para demandas de saúde.
Médicos reguladores avaliam cada caso e autorizam o acionamento sempre que há indicação clínica de gravidade. Dessa forma, o atendimento ocorre com agilidade e precisão.
A frota do aeromédico conta com seis helicópteros e um avião, distribuídos em cinco bases estratégicas: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Cada aeronave opera com um piloto, um médico e um enfermeiro. O serviço segue as normas da Anac e do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 90.
Cada base cobre um raio de até 250 quilômetros, com voos de até duas horas, o que permite ida e retorno sem reabastecimento. As cinco bases atuam de forma coordenada para garantir cobertura total do território paranaense.
Em Curitiba, operam dois helicópteros — um da PRF e outro do BPMOA — e um avião da Sesa. Já as bases de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa utilizam helicópteros contratados da Helisul. Os Samus Regionais fornecem as equipes médicas e de enfermagem.
Durante o Verão Maior Paraná, uma aeronave adicional passa a operar a partir de Matinhos, reforçando o atendimento no Litoral. A parceria entre a Sesa e a Secretaria de Estado da Segurança Pública garante esse reforço sazonal.
O coordenador Guilherme Zammar, de Curitiba, afirma que ser aeromédico é transformar minutos fatais em tempo de vida. “Essa atuação exige preparo e responsabilidade. Quando estamos em voo, somos nós e o paciente, lutando para chegar ao hospital com segurança”, destaca.
Etore Moscardi, coordenador da base de Maringá, relembra atendimentos emocionantes. “Já realizamos mais de 8.700 atendimentos de excelência, entre traumas, infartos, AVCs, transportes de recém-nascidos e captação de órgãos. Agradecemos ao Estado e à Secretaria da Saúde pela oportunidade de salvar vidas”, afirma.
A Sesa mantém todos os serviços aeromédicos com recursos próprios. O contrato anual para os helicópteros de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, além do avião de Curitiba, prevê investimento de até R$ 85,5 milhões, conforme o volume de uso. Em 2025, o BPMOA recebeu R$ 16 milhões do Fundo Estadual de Saúde. Além disso, o custeio das equipes do Samu somou cerca de R$ 4,5 milhões.
Desde 2020, a Sesa também passou a adquirir um medicamento trombolítico utilizado no tratamento de infarto. Cada ampola custa R$ 9 mil e está disponível nas ambulâncias e aeronaves. O uso do medicamento estabiliza o paciente até a chegada ao hospital. Até agora, as equipes aplicaram 1.561 ampolas, totalizando mais de R$ 7 milhões em investimentos apenas neste ano.
Além disso, há três anos, o serviço implantou um projeto inovador de transfusão de sangue em voo. A base de Maringá conta com uma sala específica para armazenar bolsas de sangue tipo O negativo, considerado universal. O procedimento segue rigorosamente as normas do Ministério da Saúde e da Anvisa.
Desde a implantação, 50 pacientes em estado gravíssimo receberam transfusão ainda no local da ocorrência ou durante o voo até a unidade hospitalar. Essa inovação aumentou significativamente as chances de sobrevivência em casos críticos.
O curitibano José Marcos Francisco, de 59 anos, morador do bairro Fazendinha, viveu essa experiência. Após sofrer um acidente em Minas Gerais, ele fraturou a coluna cervical e precisou de cirurgia. A família acionou a Central de Leitos em Curitiba, que iniciou o processo de transferência.
“Sou muito grato por tudo. Estou recebendo tratamento porque vieram me buscar. Poderiam ter me ignorado, mas me trouxeram para casa e fui muito bem tratado”, emocionou-se José Marcos.
Atendimento feito aqui em Goioerê recentemente, transferindo paciente para Santa Casa de Maringá.
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